Templo em São Lourenço/ Minas Gerais - Crédito: Sociedade Brasileira de Eubiose
Um Messias está chegando. E vai chegar no Brasil. Mais precisamente em São Lourenço, Minas Gerais. Você acredita? A Eubiose acredita nisso. Mas não se iluda, não será como Jesus Cristo ou Buda.
Para os eubiotas (pessoas que seguem a Eubiose), o Messias não é exatamente a ideia que temos dele, como a Bíblia relata a vinda do messias Jesus, por exemplo. Também não será como movimentos messiânicos que temos visto no Brasil nos dois últimos séculos, como Canudos e Contestado.
Pode ser simplesmente um movimento de consciência que acontecerá a partir de certa data. “A Renascença foi uma manifestação messiânica, avatárica. Porque ela provocou uma transformação”, afirma Élvio Passarelli, eubiota e professor de Eubiose.
“Da mesma forma, a Revolução Francesa teve um forte impacto sobre a humanidade e pode ser considerada um movimento avatárico”, completa Miguel Francisco Gonzalez Florez, que também é eubiota e ensina Eubiose em São Paulo. Eles concordam que a vinda do avatara está próxima. E será no Brasil.
Independente da vinda do Messias, existe uma série de pessoas que transformaram suas vidas através da Eubiose. "Passei a ver o mundo de outra forma”. Essa é a opinião que Cláudia Bocchile, 32 anos, divide com outros frequentadores da Eubiose. Ela é arquiteta e astróloga nas horas vagas e conta que se aproximou da seita através de alguns amigos, gostou e passou a frequentar aulas semanais acompanhada por seu namorado. “Consigo compreender melhor as pessoas e reavaliei o que era realmente importante na minha vida”, diz.
Desde então, a Eubiose tem feito parte de sua vida cada vez mais. Logo no primeiro semestre, ela e o namorado brigaram e ele desistiu de continuar frequentando as aulas. “A Eubiose é assim: ela põe seu relacionamento à prova porque te aproxima da sua verdade. Se a pessoa não tiver realmente a ver com você, a briga é inevitável”, explica.
Um de seus desafios pessoais que a fizeram evoluir foi um relacionamento difícil que teve posteriormente com um homem casado. Na época, estava estudando o grau Yama, nível do curso de Eubiose que trata do lado emocional do ser humano. E os ensinamentos a ajudaram neste momento. “Sabia que estava entrando em uma furada, mas não podia negar aquela situação. Vivi tudo com intensidade, aprendi, e não me arrependo, apesar de ter sofrido muito”, conta.
Mas afinal, o que é Eubiose?
O nome Eubiose significa ciência da vida. Mas é uma religião? Em partes, não. Os eubiotas deixam claro que não é uma religião como as pessoas entendem essa palavra. Não existem leis, uma doutrina fixada para reger os fiéis ou regras de comportamento, como ocorre com religiões tais quais o catolicismo e o protestantismo.
“É uma religião no sentido verdadeiro da palavra”, afirma Élvio, que é professor de Eubiose em São Paulo. Na origem do Latim, religare, a palavra significa ligação. “Ligar o ser humano ao divino”, é isso o que a Eubiose propõe, de acordo com os eubiotas. A missão da Eubiose é fazer com que as pessoas se harmonizem com o universo humano e com o Universo, de forma geral. A evolução é trabalhada não somente em termos espirituais, mas também materiais.
Na prática da Eubiose, existem templos, departamentos e representações. Templos são locais escolhidos por seu forte apelo espiritual. São pontos no mundo onde a Eubiose se concentra. Além dos templos, existem os departamentos, formados pelo menos por sete pessoas. Nos departamentos são dados cursos de Eubiose. Quando há praticantes, mas eles não atingem o número de sete pessoas, tem-se uma representação.
Um pouco de história...
A Eubiose surgiu da Sociedade Teosófica, que, por sua vez, foi fundada pela russa Helena Blavatsky. O objetivo dela era levar o conhecimento acima das religiões às pessoas, um deus que fosse vivo em todas as pessoas. Blavatsky defendia que não há religião superior à verdade e à filosofia.
Sua missão era fazer um trabalho nos Estados Unidos. Trabalho é o nome que os eubiotas dão para as missões. Eles acreditam que cada pessoa tem uma ou mais missões ao longo da vida, que podem fazer com que ela se desloque para outras cidades ou mesmo a outros países, como foi o caso de Blavatsky.
A russa saiu em missão rumo aos Estados Unidos. Ela deveria cumprir uma missão no hemisfério ocidental. Os eubiotas acreditam que isso se deve ao fato de que o capitalismo ocidental trouxe uma concentração de materialismo e faltava espiritualidade para promover o equilíbrio. Sendo os EUA o berço do capitalismo, o materialismo era muito forte no país. Os missionários precisavam, dessa forma, fortalecer o espiritual.
Essas missões são cíclicas e se concentram em diferentes partes do mundo. O que orienta para onde vão as missões não depende só da espiritualidade, mas também de outros fatores, como políticos e econômicos.
Mas a missão de Blavatsky não deu certo. Chegando aos Estados Unidos, ela encontrou muito preconceito e um povo fechado a aceitar o novo. Até mesmo a Ku-Klux-Klan (organização racista dos Estados Unidos que apoia a supremacia branca e o protestantismo) contribuiu para instalar o preconceito contra a Eubiose. Assim, a russa falhou.
Miguel, eubiota e professor, explica que o itinerário do trabalho da Eubiose tem muito a ver com o itinerário da própria humanidade. Ele comenta que existiu uma grande evolução desde o Oriente Médio, passando pelo Império Greco-Romano, o Islamismo de Maomé, e uma mistura de raças rumando à Península Ibérica, onde os estudos da Escola de Sagres possibilitaram travessia do Oceano Atlântico e a chegada à América. “A Escola de Sagres era como uma Nasa da época”, brinca Miguel.
“No começo do século XX, quem queria se aprofundar e se iniciar na Eubiose era obrigado a buscar o conhecimento no Tibet, onde estava concentrado”, afirma Élvio. E, a partir de 1928, todo esse trabalho veio rumo ao Ocidente, graças à missão de Blavatsky e de outros missionários.
Os eubiotas notam uma força mais material no hemisfério norte. Entenda-se por material a construção dos valores da Eubiose com forte ajuda das ciências e da tecnologia. O hemisfério sul é a parte mais templária, que concentra os rituais e a espiritualidade.
Aqui no Brasil
No Brasil, a Eubiose existe oficialmente desde 1924. Foi fundada pelo professor Henrique José de Souza e sua esposa, Helena Jefferson de Souza. Começou com a teosofia e foi se modificando. Atualmente, há cerca de 2 mil praticantes ativos pelo Brasil.
Em 1924, foi fundada a Sociedade Mental e Espiritual (Dhâranâ). Posteriormente, veio a Sociedade Teosófica Brasileira. E somente em 1969 seria fundada a Sociedade Brasileira de Eubiose, que permanece até hoje. Diferente do que ocorreu nos Estados Unidos, onde o preconceito formou um ambiente hostil ao recebimento da Eubiose, no Brasil, a própria miscigenação deu abertura a uma recepção maior.
Os eubiotas acreditam que a Eubiose está centrada nas Américas. Não fixamente, os ciclos continuam e a Eubiose está sempre em movimento. Mas este é o momento das Américas. E dentro das Américas, há uma concentração maior no Brasil, onde é esperada a vinda do novo messias.
No Brasil, os templos estão localizados em São Lourenço (Minas Gerais), Roncador (Mato Grosso) e na Ilha de Itaparica (Bahia). São Lourenço e Roncador têm uma forte ligação com o avatara Maitreya, representante dos valores da Eubiose. São Lourenço está ligada à força espiritual do avatara e o Roncador está ligado à sua força terrena.
São Lourenço é um ponto do itinerário da Mônada, que está firmado neste momento como capital espiritual do Mundo. Este ponto foi se deslocando desde o Tibet até chegar a São Lourenço. A Mônada representa os valores espirituais da Eubiose. O local fica exatamente a 23 graus de latitude sul, onde foi construído um templo que representa o marco da Eubiose no Brasil.
Itaparica representa a miscigenação no Brasil, a união da índia Paraguaçu com o Caramuru, Diogo Álvares Correia. Trata-se de uma representação da formação da raça brasileira: a união entre um português e uma índia.
Em abril, Claudia conheceu a cidade e ficou admirada com sua forte energia feminina. “Você vê muitas mulheres sozinhas, cuidando dos filhos e regendo a casa. Fui numa viagem de introspecção e aquilo mexeu bastante com meu emocional”, conta.
Claudia gostou tanto da experiência que resolveu viajar novamente. “Fiquei sabendo que haveria a Dhyanis para a região do Roncador, e me interessei em ir. Mas não tinha dinheiro”. Por sugestão de uma amiga, começou a fazer o mapa astral de amigos e conhecidos. Assim conseguiu custear sua viagem, na qual passou sete dias na companhia de outros eubiotas conhecendo cidades com energias diferentes e específicas: Canarana, Cocalinho, São Félix do Araguaia, Vila Rica, Barra do Garça, Água Boa e Campinápolis. “Foi uma experiência única. Dormíamos pouco e não nos cansávamos, pois o equilíbrio espiritual compensava tudo”, relembra.
Uma viagem para a vida
A viagem foi ainda mais especial para a astróloga, pois lá conheceu seu atual namorado, Márcio Benedetti. “De repente, notei que um ‘mocinho’ de 47 anos, careca, tiozão, estava dando bola pra mim”, brinca. “Não queria nada com aquele cara que tinha dois filhos e estava se separando da mulher. Reconheci nele muitos aspectos que se pareciam com o homem casado com quem eu tinha me relacionado havia pouco tempo”.
Mas Márcio insistiu. “A gente foi se conhecendo e um beijinho roubado aqui, outro ali. Na segunda metade da viagem, começamos a viver com uma energia nova, de renovação”, conta a arquiteta. Para Márcio, a experiência proporcionada pela viagem também foi revigorante. “É uma coisa fantástica: sentir a energia de cada cidade, viajar 700 km em estrada de terra pulando que nem pipoca e sair de lá simplesmente bem. Nunca imaginei uma coisa dessas na minha vida”, explica.
Aos poucos, os dois foram se entendendo e estão juntos até hoje. “Faz três meses, mas parece que faz três anos”, diz Marcio. O fato dele também ser eubiota facilita o entendimento entre o casal, que pratica o mesmo estilo de vida e tem as mesmas crenças. “Saber se um completa o outro, a gente não sabe, mas é um convívio muito aberto. Ela procura não esconder as sombras dela de mim, e vice-versa. Um ajuda o outro nesse sentido”.
Marcio tem 47 anos de idade e é pai de dois adolescentes, frutos de um relacionamento passado que durou 20 anos. Trabalha como luthier e recentemente saiu de casa, separando-se da ex-companheira com quem já não possuía mais uma convivência saudável. Ele conta que, na juventude, foi apresentado a diversas religiões, mas não se interessou por nenhuma. “Eu tinha 20 anos, só queria curtir”. Só depois de adulto aproximou-se da Eubiose.
Em 2008, chegou a estudar até o grau Astaroth (o nível mais elevado do curso), mas acabou se afastando. “Estava numa fase de muito nervosismo, mal comigo mesmo. Assim não ia funcionar. Meus filhos chegaram a pensar que a eubiose estava me fazendo mal, mas não era verdade”, desabafa. O luthier chegou a tentar aproximar os filhos da seita, mas não obteve sucesso.
No começo do ano, Marcio decidiu voltar a estudar, e começou do zero. Voltou para o peregrino. Quando soube que haveria a viagem para o Roncador, ficou interessado. “Minha irmã e meu cunhado também são eubiotas. Cheguei para eles e disse ‘o que vocês estão fazendo pela eubiose? Nada. Então vamos viajar’”, relembra. “Acabei conhecendo a Claudia, e aconteceu para a gente o que tinha que acontecer”. O casal pensa em fazer novas viagens pela Eubiose, mas ainda não têm nada planejado.
Misto de religiões e informações
“Dentro do nosso estudo, abrangemos todas as religiões e buscamos um ponto comum entre todas elas”, diz Élvio. A Eubiose prega total sintonia com o Universo e o entendimento de tudo o que cerca as pessoas. Por isso, todas as fontes que contribuam para o conhecimento são bem vindas, não somente religiões, mas também as ciências, a política, os acontecimentos atuais, tudo pode ser fonte de conhecimento. “A Eubiose é eclética, busca todas as fontes de informação a fim de fazer um comparativo”, explica Miguel.
Blavatsky é considerada uma das pioneiras da Eubiose por abrir o caminho para sua disseminação. Mas os eubiotas acreditam que esse trabalho teve início com personalidades espirituais, como Gandhi, e até mesmo políticas, muito anteriores a Blavatsky.
A principal contribuição do Budismo é a ideia de libertação do homem pelo próprio homem, buscando a libertação interior. “Buda ensinou a mais alta espiritualidade sem falar em um deus”, explica Miguel.
O Cristianismo fala o tempo todo em Deus. No entanto, o que Cristo pregava era “O Reino de Deus está com vocês”. Ou seja, ele já fazia referência à espiritualidade em cada um. Para os eubiotas, a Igreja é responsável por colocar Deus num patamar elevado. O que eles seguem é o ensinamento do próprio Cristo, de encontrar deus em cada pessoa.
Diferente do que ocorre em algumas religiões, as pessoas que frequentam a Eubiose são totalmente livres para acreditarem ou não nos princípios. Uma pessoa pode acreditar na Eubiose mas discordar de um ou outro ponto. Também há liberdade para frequentar outras religiões.
“Quando eu entrei para a sociedade, há muitos anos atrás, em uma palestra, o instrutor disse que existe um sol atrás do sol que conhecemos, que é a verdadeira fonte de energia”. Élvio conta que não conseguiu aceitar essa colocação, julgou-a absurda. Depois de um tempo, ele disse que foi percebendo uma lógica nisso. Como a família já era católica, mas também espírita, ele já tinha um certo ecletismo para a religiosidade. A partir daí, ele se interessou cada vez mais pelo assunto e começou a ler livros sobre a Eubiose. Mas sempre foi livre para acreditar ou não.
A formação em Eubiose
Quem quer se iniciar na Eubiose, praticá-la e se aprofundar em seus estudos, precisa passar por uma formação, que funciona aos moldes de um curso mesmo. São cinco graus: Peregrino, Manu, Yama, Karuna e Astaroth.
O grau básico é o Peregrino e tem duração de um ano. Ele vai dar uma ideia para quem está começando do que é a Eubiose, num aspecto geral. Os graus seguintes duram seis meses cada um. O Manu trabalha a alma no sentido mental. O Yama trabalha o aspecto emocional. O Karuna procura fazer o equilíbrio entre o mental e o emocional. O nível mais elevado é o Astaroth, que faz uma introdução às cartas-revelações
As aulas têm frequência de uma vez por semana e costumam ser à noite, em dias de semana. Mas os horários e dias das aulas variam de acordo com cada departamento. Qualquer pessoa que tenha interesse pode começar as aulas. A pessoa faz duas aulas iniciais e, se gostar, pode começar o curso. Os discípulos pagam uma taxa de inscrição e uma taxa de manutenção, que serve para custear o material. O material é diversificado: videoaulas, apostilas, apresentações em power point.
Desde o primeiro grau, existem alguns rituais que são praticados. Além disso, são praticadas também as iogas, para equilíbrio entre corpo e alma. O peregrino faz a ioga com a função de absorver melhor o conhecimento e equilibrar o corpo. O equilíbrio entre espiritual e matéria é fundamental para a Eubiose. “[Do contrário,] ou a pessoa fica sapiente demais, acha que sabe tudo, ou fica emocional demais”, diz Miguel. As iogas contribuem para esse equilíbrio.
A formação da Eubiose tem como base o tripé Escola-Teatro-Templo. Escola é o conhecimento que é passado aos discípulos. Teatro é a prática desse conhecimento na vida. O Templo é trabalhar para absorver melhor o conhecimento. “Nossa ritualística não está relacionada à adoração, mas a realizar algo, transformar alguma coisa dentro da vida da pessoa”, afirma Miguel.
Marcio acredita que o maior desafio do eubiota seja praticar no dia a dia aquilo que ele aprender nas aulas. “Cada um tem sua sombra. No meu caso, meu desafio é a paciência. Estou trabalhando muito nisso, pensando antes de falar”. A ideia é que a pessoa identifique e aceite suas sombras, pois assim poderá conviver com elas mais facilmente. O processo de evolução do espírito se dá diariamente, em um exercício constante de aprendizado.
Mas nem todos os discípulos seguem na Eubiose. “A pessoa acha que vem aqui, [passa pelos graus,] aprendeu tudo e vai embora. Na verdade não é assim”, diz Miguel. Ele ressalta que é necessário continuar pesquisando. “O problema é que a pesquisa não é para todos. É como uma pós-graduação. Muitas pessoas fazem faculdade, mas nem todos chegam à pós-graduação”, diz.
Existe também o curso à distância, com sede em São Lourenço. A pessoa se inscreve e recebe o material mensalmente, mediante uma taxa. Ela só precisa comparecer aos departamentos quando passa de grau.
As cartas-revelações
Durante sua vida, Henrique José de Souza, fundador da Eubiose no Brasil, escreveu as cartas-revelações, como forma de instruir seus discípulos. Da mesma forma, Blavatsky escreveu a Doutrina Secreta de Blavatsky. “Existe uma série de livros relacionados”, diz Élvio. No entanto, ele explica que as cartas-revelações são a principal referência no Brasil. E, sendo o Brasil o principal ponto de concentração da Euibiose neste momento, trata-se de uma das referências mais importantes.
São cerca de 10 mil folhas no total, divididas por datas. Elas foram compiladas em livros. Cada livro corresponde a um ano diferente. Em alguns anos, Henrique José de Souza escrevia mais, em outros menos, em alguns anos ele não chegou a escrever.
As cartas são material de estudo e pesquisa. Na entrevista, não tivemos permissão para folheá-las, porque elas são restritas às pessoas que já se iniciaram na Eubiose, que já passaram pelos graus.
Élvio explica que, mesmo após ter passado pela formação dos graus, poucas pessoas optam por estudar as cartas. Como se trata de uma leitura difícil e em partes muito abstrata, alguns usam-na apenas para eventuais pesquisas ou nem chegam a ler as cartas. “Se a pessoa não tiver um certo ecletismo, vai achar algumas coisas difíceis de serem entendidas”, afirma Miguel.
Padrão setenário
Não se confunda com o nome, não é centenário, é setenário mesmo. Para os eubiotas, o número sete é importante porque, para eles, muitas coisas na vida podem ser divididas em número 7. Para eles, os seres vivos, por exemplos, estão divididos nos seguintes aspectos: 1. Físico. 2. Vital. 3. Emocional. 4. Mental racional. 5. Mental abstrato. 6. Mental búdico. 7. Crístico.
O homem foi o ser vivo que mais conseguiu desenvolver o caráter mental. Outros seres vivos também o têm, mas de forma minimamente desenvolvida. Os sete itens representam um grau de evolução do primeiro ao sétimo. O homem desenvolveu plenamente até o quarto item, o mental racional.
O mental abstrato é algo a ser alcançado pelo homem. O homem consegue alcançá-lo com uma certa prática. Miguel explica que é como num jogo de xadrez. Se o jogador se limita a jogar mecanicamente, fugindo do xeque e seguindo as regras, ele está usando o mental racional. Quando ele consegue enxergar as próximas jogadas e adivinhar o que o adversário fará, ele passa a usar o mental abstrato.
O mental búdico, inspirado em Buda, está relacionado à intuição. Já o crístico parte do princípio que, diferente da Igreja Católica, a Eubiose coloca todos como iguais, e não um deus distante e elevado, separado dos humanos comuns. Logo, o princípio mais evolutivo, o crístico, é a consciência de Cristo, ou seja, pensar como ele, ser como ele.
A iluminação, que é o nível espiritual mais alto que uma pessoa pode atingir, também tem relação com o padrão setenário. “A iluminação só vai acontecer se os sete princípios estiverem integrados”, diz Miguel.
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